VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS-2 Anos
1.O texto que segue, desprezando as normas da
língua escrita, procura reproduzir o jeito como supostamente se fala em certas
regiões de Minas Gerais. Sua fianlidade, portanto, é estritamente humorística.
Leia-o.
Causo de mineirim
Sapassado, era sessetembro, taveu na cozinha tomano uma picumel e cuzinhano um
kidicarne cumastumate pra fazer uma macarronada cum galinhassada. Quascaí
desusto quanduvi um barui vindedenduforno, parecenum tidiguerra. A receita
mandopô midipipocadenda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó
da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quineim um lidileite. Foi um trem
doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sem sabê dondecovim, proncovô, oncontô.
Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém semaxucô! (http//bacaninha.cidadeinternet.com.br/home/mensagens/engraçadas)
a) O textos apresenta aspectos interessantes de variação linguística. Que
dialeto é utilizado para construir o texto?
b) Observando a escrita de certas palavras do texto, deduza: O que caracteriza
esse dialeto?
c) Também é possível observar no texto variações de registro, especialmente
quanto ao modo de expressão. O texto apresenta marcas da linguagem escrita ou
da linguagem oral? Dê exemplos que justifiquem sua resposta.
2. O texto de humor que segue foi veiculado na internet. Leia-o e responda às
questões propostas.
Assaltante nordestino
-Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça
muganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira
no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô
com uma fome da moléstia.
Assaltante mineiro
-Ô, sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim
quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu
num tô tão bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai!
Assaltante gaúcho
-ô, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levantas os braços e te
aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade,
tchê. Passa as pila pra cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro
fala.
Assaltante carioca
-Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta
os braços, rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra... Vai andando e,
se olhar pra trás, vira presunto...
Assaltante baiano
-ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os
braços, mas não se avexe não... (longa pausa) Se num quiser nem precisa
levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem
devagarinho...(longa pausa) Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não
ficar muito pesado... não esquenta meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar
teus documentos na encruzilhada...
Assaltante paulista
-Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a
grana logo, meu... Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria
aberta pra comprar o ingreso do jogo do Corinthians, meu... Pô, se manda,
meu...
a) O texto retrata várias cenas de assalto, cada uma delas situada em um Estado
ou região diferente do país. A fala do assaltante tem sempre o mesmo conteúdo,
enquanto o uso da linguagem e o modo como o assalto é conduzido mudam de uma
situação para outra. Identifique em cada uma das cenas duas palavras ou
expressões próprias do nordestino, mineiro, gaúcho, carioca, baiano e paulista.
b)Além da linguagem, o texto também revela comportamentos ou hábitos que
supostamente caracterizam o povo de diferentes estados ou regiões, O que
crcteriza, por exemplo: o nordestino; o baiano; e o paulista?
3. O programa “Fala, maluco”, de uma rádio paulistana, promoveu um concurso de
gírias para premiar autores de frases curiosas produzidas no linguajar dos
jovens e das ruas. Leia, a seguir, as frases premiadas e transcreva-as na
variedade padrão.
a) “Maior corre no meu trampo hoje, mas firmão. Vou colar na minha goma, bater
uma xepa e mandar um salve pra galera da minha área.”
b) “Aê, tô zarpando fora que fiquei de cruzar com uns camaradas pra colar num pico
classe A.”
c) “Aê, Tuquinha, se liga, lagarto, que eu vou marcar uma mão pra você devolver
minha lupa.”
d) “Dani, para de ser mamadeira e arruma um trampo logo.”
e) “Digo, se liga, você é mó talarico. Tentou furá os zoio do maluco da minha
quebrada. Se liga, meu!”
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